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quinta-feira, 22 de maio de 2014

Junto aos Túmulos, Percebia o Verdadeiro Sentimento das Pessoas…

mirella 3Desde minha infância eu era uma criança muito tímida. Aos 11 anos tornei-me uma pessoa menos sociável. O tempo passava e eu me isolava cada vez mais das pessoas. Achava que todo mundo era muito falso; que os risos, expressados por muitos, não eram verdadeiros. Sempre fui muito reservada. Se as pessoas não falassem comigo, eu não falava com elas.
A música foi um refúgio para aquele momento. O rock era o meu estilo preferido. Sentia-me muito mais a vontade com as letras. Dali foi um ‘pulo’ para do mundo do rock passar para o mundo gótico.
Frequentava cemitérios. Ficava por sobre as lápides e passava tardes escrevendo, ouvindo músicas deitada ali em cima. Por diversas vezes chegava a dormir naquele ambiente. Sempre em um mundo obscuro, vazio e que não me preenchia nada. Eu achava que aquilo era mais verdadeiro. Pensava que o sentimento que as pessoas expressavam ao ir a um velório era mais verdadeiro. Tinha aversão ao sol e só usava roupas escuras – essa era a representação do meu interior.
Tinha desejo de suicídio, praticava automutilação na mão (para não deixar marcas e cicatrizar mais rápido). Na escola as pessoas me evitavam, tinham medo de mim. Criei até um blog para escrever e expressar a minha dor.
2014-03-16 21.44.31Cheguei à Universal através do meu pai que já frequentava. Ia, mas ficava pensando: “Como essas pessoas conseguem falar com o teto, com uma pessoa invisível…” Até porque não havia dentro da igreja alguma representação de um “deus”. Tinha crítica e, ao mesmo tempo, me sentia bem naquele ambiente, ele me remetia paz (que eu nunca havia sentido).
Comecei a fazer as correntes, me libertar e conversando com um pastor, ele me falou sobre o FJU. No primeiro momento eu hesitei, mas ele pediu para fazer um teste e ir a um encontro do FJU para ver se funcionaria na minha vida. Bom… funcionou. #AlguemAcreditouEmMim.
O semblante fechado, vazio e triste deu lugar a um sorriso. Uma alegria que não tinha explicação. Hoje posso afirmar que sou feliz, uma pessoa sociável (aprendi a acreditar em Deus e no ser humano) e tenho o FJU como minha família.

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